30 de agosto: violências da gestão Ratinho Jr. contra educadores(as) são denunciadas em atos pelo estado

Há exatos 37 anos, educadores(as) foram alvo de uma repressão violenta do governo Álvaro Dias contra uma mobilização pacífica por direitos e melhores condições de trabalho. Para fazer memória desta data histórica e denunciar para a sociedade as violências que o governo Ratinho Jr. tem praticado contra a categoria, professores(as) e funcionários(as) de escola voltaram às ruas neste sábado(30), no Dia de Luto e Luta da Educação organizado pela APP-Sindicato em todo estado. Em Curitiba, a mobilização aconteceu pela manhã, na Boca Maldita. 

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“Nesse 2025, a pauta continua sendo a violência, não necessariamente a violência física, mas as novas formas de violência que o Estado tem encontrado para usar ou para tratar com os trabalhadores da educação. Então a gente traz para a rua o assédio, o adoecimento, as pressões, as punições por atestados médicos, a sobrecarga de trabalho, a privatização das escolas, as terceirizações, a militarização, a falta de valorização salarial”, explica a presidenta da APP-Sindicato, Walkiria Mazeto.

A dirigente relata que essas práticas têm sido a lógica da Secretaria da Educação, mas que não há registro dos mesmos métodos em outras pastas do governo. Ela cita como exemplo a recente mudança aplicada na regra para pagamento da gratificação GTE. Professores(as) que estão em licenças legais, como para tratamento de saúde e maternidade, foram surpreendidos(as) com descontos que passam de R$ 2 mil, reduzindo o salário no momento que mais precisam ou que estão debilitados(as).

“Dentre todas as violências praticadas, o assédio institucional tem sido a mais constante e que mais tem prejudicado a nossa categoria. Prejudicado tanto física quanto psicologicamente. Então, uma das nossas principais pautas é dar um basta nesse assédio e trabalhar contra a imposição das plataformas de forma obrigatória. Queremos ter qualidade de vida, ter saúde digna para poder exercer nossa profissão, coisa que nós não estamos tendo mais”, relata a secretária executiva de Comunicação da APP-Sindicato, Cláudia Gruber.

“O dia 30 de agosto, ele é histórico, não apenas como um dia de luto pelo massacre que aconteceu na educação em 88, com o Álvaro Dias, que lançou bombas e cavalos sobre a nossa categoria que reivindicava melhores condições de trabalho e carreira. Ele é um dia de luta, porque a gente, todos os anos, rememora isso para que esse fato não mais aconteça”, destacou o secretário Geral da APP-Sindicato, Celso dos Santos.

Durante a manifestação, no centro da capital, várias lideranças fizeram uso da fala, se dirigindo também às pessoas que passavam pelo local. A vice-presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e secretária de Assuntos Jurídicos da APP-Sindicato, Marlei Fernandes, fez um relato das lutas dos(as) educadores(as) no país e um alerta sobre propostas de lei contra os(as) servidores(as) públicos(as) em tramitação no Congresso Nacional.

Plebiscito Popular

Assim como em Curitiba, as mobilizações  pelo estado também foram pontos de coleta de votos para o Plebiscito Popular. A iniciativa de movimentos sociais é apoiada pela APP-Sindicato e  tem como objetivo pressionar os(as) deputados(as) federais para aprovação da isenção de imposto de renda para quem recebe até R$ 5 mil por mês, pelo fim da escala 6×1 e pela taxação das grandes fortunas.

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