Seminário e audiência pública debatem EJA

A APP-Sindicato debateu nesta manhã de sexta-feira, 19, a proposta da Seed de reformulação do programa da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
O debate foi realizado em Curitiba, na sociedade Thalia, em seminário e audiência pública, esta sob coordenação da comissão de Educação da Assembléia Legislativa.
Cerca de 150 educadores participaram das discussões.
Eventos foram definidos no dia 10 de agosto, após reunião na Assembléia Legislativa.
Acompanhados pela direção da APP-Sindicato, representantes de escolas apresentaram nesta data aos parlamentares pedido de apoio para que o governo continue a ofertar a EJA presencial e semipresencial.
N início de julho a Seed enviou orientação às escolas para suspenderem as matrículas para as turmas iniciais da EJA presencial.
Os jovens e adultos que precisam desta modalidade de ensino deveriam esperar as matrículas do próximo ano para o ensino regular ou procurar turmas semi-presenciais.
A medida causou revolta à comunidade, principalmente nas escolas onde há demanda expressiva de EJA presencial.
A mesa de debates da audiência e do seminário contou com as participações do presidente da APP-Sindicato (José Lemos), da presidente da comissão de Educação da Assembléia Legislativa (Elza Correia), dos deputados estaduais Tadeu Veneri (PT) e Reni Pereira (PSB), do conselheiro estadual de Educação (Arnaldo Vicente) e da superintendente de Educação (Yvelise Arco-Verde).
A secretaria de Educação expôs a proposta para reformular a EJA.
Informou que as mudanças foram construídas em encontros pelo estado, com educadores e os núcleos regionais de educação.
A Seed destacou que quatro aspectos conduziram ao processo de construção da nova proposta: nova concepção da EJA, adequação da EJA aos educandos, horário de oferta e a questão da evasão e repetência.
A questão recursos para financiá-la também foi incluída com argumento para mudanças.
O presidente da APP José Rodrigues Lemos discordou das justificativas da Seed.
Ele disse que o problema da EJA não está no financiamento.
O Fundeb, que substituirá o Fundef, trata do financiamento, disse.
Lemos disse que a proposta da Seed precisa ser mudada totalmente.
‘Ela é imprecisa. Adapta o aluno ao sistema EJA. Quando deveria ser o contrário.’
O presidente da APP destacou a importância do sistema EJA. Na sua contribuição para a educação de jovens e adultos.
Além disso, Lemos informou que o prazo dado pela Seed às escolas para propor mudanças, até 2 de setembro, é muito curto. Ele precisa ser ampliado, destacou.
Os educadores questionaram bastante a Seed. Criticaram a proposta. Pediram mudanças. Para atender devidamente quem não teve ou não tem oportunidade de freqüentar o ensino regular.
As discussões vão continuar. Entre a APP, a comissão de Educação da Assembléia e a secretaria de Educação.
Uma comissão foi formada para discutir mudanças e apresentar propostas.

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