A APP-Sindicato está solidária aos trabalhadores da Seguridade Social (INSS, PREVIDÊNCIA, SAÚDE, FUNASA e DRT), em greve por tempo indeterminado desde o dia 2 de junho. A APP-Sindicato considera justas as reivindicações da categoria.
Na manhã de 29 de julho foi realizada manifestação em Curitiba, em frente à agência do INSS da João Negrão. O ato contou com grevistas de todo o Paraná. Como protesto foi servido um café da manhã às pessoas que estiverem buscando atendimento na Previdência Social.
Em greve desde o dia 2 de junho, os trabalhadores do INSS, da Saúde, da DRT e da Funasa, não conseguiram ver suas reivindicações atendidas pelo governo federal, que inclusive encerrou as negociações no dia 26.
Os grevistas recusaram a proposta do governo de conceder nova gratificação baseada em avaliação individual, o que para os trabalhadores não pode ser realizada sem que haja uma carreira nova.
Para a Saúde e Trabalho o governo ofereceu a incorporação do PCCS de 47%, devido desde 1995, em 12 parcelas, com duração de seis anos, o que os trabalhadores consideraram tempo demais.
Também nesta sexta acontece em Brasília a plenária nacional dos trabalhadores em greve, que irá discutir os rumos a serem tomados pelo movimento diante do encerramento das negociações por parte do governo.
A greve atinge 23 estados e deixa de atender as pessoas que precisam do INSS para receber seus benefícios. O procurador geral da república está tentando intermediar uma negociação entre o comando de greve e o ministério da previdência para que a greve se encerre.
Os trabalhadores da Seguridade Social estão divulgando Carta Aberta à população. Confira:
“Iniciada em 02 de junho de 2005, esta Greve por Tempo Indeterminado dos trabalhadores da Seguridade Social (INSS, PREVIDÊNCIA, SAÚDE, FUNASA e DRT) já está a completar quase dois meses de duração. Neste período os trabalhadores buscaram, de todas as formas, negociar com o governo o atendimento das nossas reivindicações. Para debochar dos trabalhadores, o governo concedeu um “reajuste” de apenas 0,1% – isso não dá para tomar um cafezinho por mês e os trabalhadores, com razão se revoltaram.
Sabemos que a Greve no INSS afeta a população e que a cada ano temos que ir à Greve como forma de pressionar o governo a conceder reposição das nossas perdas salariais. Para conhecimento de todos, no governo FHC ficamos 10 anos sem receber qualquer reajuste. Somos trabalhadores e todos os trabalhadores têm direito de recompor as suas perdas salariais. É isso que buscamos mas a cada ano o governo se recusa a negociar e somos obrigados a ir á Greve como última forma de lutarmos pelos nossos direitos. Não exigimos nada absurdo, só queremos que o governo recomponha o poder aquisitivo dos trabalhadores
Eixos da luta:
01 – posição das Perdas salariais;
02 – Reestruturação dos Planos de Carreiras;
03 – Melhores Condições de Trabalho;
04 – Manutenção e Extensão do PCCS;
05 – Cumprimento dos Acordos de Greve;
06 – Concurso Público Já!