Para que o governo continue a ofertar turmas presenciais para a Educação de Jovens e Adultos (EJA), a APP-Sindicato solicitou e a Comissão de Educação da Assembléia Legislativa realizará audiência pública para debater o assunto, no dia 2 de agosto, terça-feira, às 11 horas. Além dos deputados e dos trabalhadores da Educação, participarão representantes da Secretaria da Educação e do Ministério Público.
No início de julho a Secretaria de Estado da Educação enviou orientação às escolas para não abrirem mais turmas iniciais de EJA presencial. Para os jovens e adultos que precisam desta modalidade de ensino sobram como opções esperar as matrículas do próximo ano para o ensino regular ou procurar turmas semi-presenciais.
Direito
Desde que o governo anunciou a medida a direção da APP-Sindicato se posicionou contra e vem tentando ampliar o debate sobre o tema para que professores, estudantes e a comunidade não sejam prejudicados. Em audiência na Secretaria, a 6 de julho, os dirigentes sindicais argumentaram junto à direção da Seed que a EJA é um direito assegurado na Lei 9394/96, LDB, a todas as pessoas que não tiveram acesso ao ensino em idade própria, cabendo ao poder público garantir a oferta desta modalidade de ensino, com qualidade, e atendendo às especificidades dos educandos.
Em 21 de julho o sindicato realizou reunião com escolas interessadas na manutenção da EJA presencial. Algumas delas estiveram na Secretaria da Educação, em Curitiba, no dia 26, para reivindicar a manutenção do ensino. No dia 28, em Quatro Barras, a comunidade de Borda do Campo fez um ato para manter a EJA presencial.
Matrículas
Diante deste quadro de resistência, a APP-Sindicato orienta as escolas para que realizem manualmente as matrículas dos jovens e adultos e façam o suprimento de professores, mostrando ao governo que existe demanda: estudantes interessados e professores para ensinar.
Audiência Pública
Tema: EJA presencial
Dia 2 de agosto de 2005
Às 11 horas
Na Assembléia Legislativa
Realização: Comissão de Educação da Assembléia Legislativa
Proponente: APP-Sindicato
Participação: Deputados estaduais, APP-Sindicato, Secretaria da Educação e Ministério Público