Pressionado pela mobilização docente e pela greve de três dias realizada em junho, o governo do Paraná noticiou que enviará proposta de reajuste salarial para os professores das universidades públicas estaduais na próxima semana, quando os deputados retornarem do recesso parlamentar.
O reajuste é diferenciado porque decorre de alterações aplicadas nos percentuais das classes que formam nossa carreira. Assim o professor Auxiliar A receberia 10,14%; o professor Assistente A receberia 14,29%; o professor Adjunto A receberia 23,42%; o professor Associado A receberia 32,64% e o professor Titular receberia 21,55%. A proposta tenta claramente conter a evasão de professores doutores das universidades à medida que confere reajustes maiores às classes de doutores adjuntos e associados.
A diretoria da Adunioeste analisou a proposta e considerou que ela tem distorções e não resolve os problemas salariais da categoria. Por isto, afirma para os docentes universitários que será necessário ampliar a mobilização para avançar nestas conquistas.
As principais críticas à proposta do governo são:
1. Os professores auxiliares e assistentes são punidos na proposta do governo, com índices menores.
2. No geral, o reajuste diferenciado é substancialmente inferior do que as perdas acumuladas desde 1997 e durante o governo Requião.
2. O reajuste não vem acompanhado de uma política salarial. Isto é, uma política de governo que esclareça como e quando as perdas históricas serão repostas e como se darão os reajustes futuros relativos às perdas inflacionárias futuras.
3. Mesmo se o governo efetivar este reajuste prometido, os salários dos docentes das universidades paranaenses ainda continuarão inferiores aos salários dos docentes das universidades federais e de universidades de outros estados, como São Paulo e Piauí.