A greve dos(as) educadores(as) permanece forte em todo Estado e a pressão sobre deputados(as), principalmente da base de apoio ao governo, parece surtir efeito. O líder do governo na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PMDB), declarou à imprensa que defende a reposição salarial de 8,17% para servidores(as) públicos(as), como aponta o índice de reposição da inflação deste ano, prevista da Lei de data-base.
De acordo com Romanelli, caso o governo não faça a proposta dos 8,17%, a bancada governista na Alep pretende votar emendas para garantir a reposição da inflação, se for encaminhada proposta de reajuste de 5%, como declarou o governo. O líder, no entanto, declarou que a proposta deve ser de parcelamento do índice.
Apesar das declarações, a categoria permanece em alerta. A greve chega ao 30º dia com mais de 85% de educadores(as) parados(as). O presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Silva Leão, ressalta que as declarações não implicam em uma proposta oficial do governo. “Não podemos fazer nenhum debate sem uma proposta concreta. Como vamos apresentar algo para a categoria?”, questiona Leão. Ele destaca, ainda, que não houve mais nenhuma reunião de negociação entre governo e APP ou FES para apresentação de qualquer proposta, desde o último dia 19, quando 30 mil servidores(as) foram às ruas de Curitiba.
Enquanto isso, a greve continua em todo estado. Nesta semana outras categorias reforçaram o movimento como trabalhadores(as) das penitenciárias, saúde e meio ambiente, por exemplo. Além destes, nas Universidades Estaduais também não há aulas e 32 núcleos regionais de educação seguem fechados nesta terça-feira em protesto contra as ameaças de envio de falta pelo governo do Estado.
Na próxima sexta-feira (29), quando se completa um mês do massacre do centro cívico, a categoria volta às ruas em todo Paraná numa marcha em defesa da educação e contra os ajustes fiscais.