17 de maio: ‘Dia Internacional de Combate à Homofobia’


Hoje, 17 de maio, é o ‘Dia Internacional de Combate à Homofobia’. Data em que há eventos pelos quatro cantos do Brasil e do mundo, chamando a atenção para a violência sofrida pela população LGBT.  A APP-Sindicato, através da Secretaria de Gênero, Relações Étnico-raciais e dos Direitos LGBT realizará seu primeiro seminário estadual com o tema “Por uma Escola Sem Homofobia – Avanços e Desafios”, neste final de semana, dias 18 e 19.

Este debate, feito pelo conjunto de educadores e educadoras, reforça o papel fundamental da Educação no combate à todas formas de preconceito, expressas pela homo/lesbo/bi/transfobia. Mas afinal o que é homofobia? Quem discute homofobia? Parece simples, mas não é. Para nós, militantes é muito evidente a necessidade de se fazer essa discussão em todos os ambientes. Afinal, a população LGBT está em todos os espaços, até mesmo naqueles em que são, explicitamente, rejeitadas. Logo, o termo homofobia deveria ser de conhecimento de todos e todas.

Com um fato ocorrido nesta sexta-feira (17), nas atividades de organização deste seminário, tivemos um exemplo de como este tema ainda é desconhecido pela maioria das pessoas. Fomos interpelados por uma funcionária de um hotel sobre o significado do termo homofobia. O resultado foi um ótimo debate pedagógico sobre o tema, e a necessidade de compreensão do tratamento e abordagem às pessoas LGBT.

No senso comum, os “gays” vivem nos seus guetos e quando estão fora deles precisam se adequar ao ambiente.  Neste cenário todo, que exige uma atuação de busca constante por respeito, a escola é um espaço ideal para fazer a discussão e quebrar as barreiras do preconceito e da heteronormatividade. Um desafio que deve ser encarado por todos os trabalhadores e trabalhadoras da educação no ambiente escolar, a partir do princípio da laicidade e do respeito à diversidade.

Esta luta só terá conquistas efetivas com a adoção de políticas públicas que garantam esses direitos. Por isso, é urgente a aprovação do Projeto de Lei 122 (que criminaliza a homofobia), a criação de uma diretriz curricular que apresente parâmetros para a discussão do tema nas escolas e outras ações apontadas na Conferência Livre sobre o Eixo II da Conae e nos vários outros espaços de debate do movimento LGBT.

Estes avanços contribuirão não só para as pessoas entenderem o que significa “homofobia”, mas, também, para agir com respeito e tolerância a uma sociedade plural e diversa.      

Luiz Carlos dos Santos
Coletivo Estadual de Combate à Homofobia da APP-Sindicato

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