O conselho estadual da APP-Sindicato se reúne novamente nesta sexta-feira, às véspera da assembleia extraordinária da categoria. Os conselheiros de todo o estado analisaram as propostas do governo, colocadas na reunião de quarta-feira (leia mais).
As seguintes proposições serão levadas amanhã para a assembleia. A categoria poderá votar por negar, acatar ou acatar parcialmente os pontos:
Reajuste salarial dos professores – O governo propõe reajuste de 19,55%, com a primeira parte em maio (na data-base junto com todos os servidores), sendo o índice de reposição da inflação. As duas próximas parcelas serão em julho e outubro. A primeira previsão de índice da data-base era de 6,5%. O índice oficial será anunciado no próximo dia 09 e deve ficar em cerca de 5%. O conselho exige que independente do índice anunciado, isso não altere os 19,55% totais, ou seja, que a diferença seja incorporada nas outras parcelas.
Reajuste dos funcionários – Os conselheiros não aceitam que o índice de reajuste seja apenas a data-base e votam para que seja, no mínimo, compatível ao reajuste do salário mínimo regional (10,33%).
Hora-atividade – A exigência continua sendo para implementação imediata. Porém, é reconhecido que houve avanço na proposta, que é de 33% integrais em janeiro de 2013. Antes, a proposta era de implantação gradual, que foi rejeitada pelo conselho e pela categoria na última assembleia em 31 de março.
Dobra de padrão – A votação foi para que haja a dobra de padrão para todos os professores. Hoje, há um grupo que possui um padrão de 20 horas complementado com mais 20 horas de aulas extraordinárias, assim como há outro grupo que possui dois padrões. O governo propõe que o primeiro seja ajustado neste ano e o segundo em 2013, devido aos impactos financeiros. Os conselheiros defendem a dobra para todos de uma só vez.
Também foram referendados: 106 delegados eleitos em assembleia para o Congresso Estadual da CUT , mais 42 delegados para a etapa nacional e o Caderno de Emendas do Congresso Estadual que se reinstalará em julho, para discutir o estatuto da entidade. Na parte da manhã houve uma análise da conjuntura e na parte da tarde informes sobre a negociação e relatos detalhados de como os debates com o governo têm sido feitos. Representantes dos núcleos sindicais também levaram os resultados das mobilizações nos dias 26. Também foi exposta a questão da “taxa negocial”, que é uma forma de mesmo quem não é sindicalizado possa contribuir com o sindicato toda vez que se consiga uma conquista.