Carta de Apresentação: APP de Luta, Pela Base – Chapa 2-Oposição

Em atendimento à disposição do art. 14 do Regimento Eleitoral,
a APP-Sindicato disponibiliza espaço em seus veículos de comunicação à
divulgação das chapas que disputam a direção estadual da entidade.

 


Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar.

É da empresa privada o seu passo em frente, seu pão e seu salário.

E agora não contente querem privatizar o conhecimento, a sabedoria, o pensamento, que só à humanidade pertence.

                                                                    (Bertolt Brecht)

 

Nós da chapa 2 “APP de Luta, pela Base”, oposição à atual direção da APP-sindicato, apresentamos nosso material de campanha para este processo eleitoral.

A eleição do sindicato é um momento muito importante para nossa categoria. É um período em que se abre uma ampla possibilidade de reflexões e debates; é quando elegemos aqueles que irão nos representar por três anos. É o momento onde devemos nos perguntar: Que sindicato queremos?

 

Desde 2007, a oposição esteve presente em todas as assembleias estaduais, levando nossas propostas para trabalhadores e trabalhadoras em educação. Promovemos debates, distribuímos materiais, conversamos com os educadores(as). Percebemos assim que existe uma grande insatisfação nas escolas. Infelizmente, a situação dos trabalhadores(as) em educação, não é tão boa quanto diz o governo e a direção do sindicato.

 

O que mais nos deixa indignados é que diante de tantos casos de corrupção, desvio de verbas públicas para a iniciativa privada e descaso com os trabalhadores(as), a desculpa é sempre a mesma: não existem verbas para a educação. Então para onde vai tanto dinheiro sendo que nosso Estado é superavitário? Por que a direção do sindicato se cala diante desse fato?

Sempre deixamos bem claro que não concordamos com a forma como vem sendo conduzido nosso sindicato. As poucas idas às escolas, as negociações intermináveis com o governo, as promessas não cumpridas e a simples manutenção de direitos sempre inflados como conquistas, paralisaram nossa categoria. Hoje é o governo que escolhe a pauta e a direção vai à reboque. Resultado disso é a completa desmobilização da base.

 

Defendemos um sindicato independente do governo. Os debates devem acontecer na base, ou seja, na escola. Queremos fortalecer a Organização por Local de Trabalho (OLT) e levar democracia às instâncias do sindicato. Entendemos que conquistas não são as migalhas que o governo propõe conceder, mas sim as reivindicações da categoria que garantimos de forma organizada. Vamos construir uma escola Pública, Gratuita, Laica e de Qualidade, com ótimas condições de trabalho e salários justos.

Até dia 22 de setembro teremos muitos momentos para o debate. Leia nosso material; questione, entre em contato conosco; e se tiver afinidade com nosso programa, seja bem vindo(a).

Atrelamento

 

Só esta palavra pode definir a relação sindicato e governo. O fato é que em 8 anos de governo Requião a direção do sindicato acostumou-se a “negociar” com o governo. Todos sabemos que o governo não é bonzinho e só apresenta algo positivo sob pressão, e não um simples pedido do sindicato que vai nos dar condições de melhores salários e trabalho e sim a categoria mobilizada e atuante. O que o sindicato fez até aqui foi se esquecer da base, dos trabalhadores para “negociar migalhas”, e fazer grandes propagandas com aquilo que está no programa de governo e não o que realmente foi proposto na base.

As luta do dia-a-dia e as denúncias de precariedade do ensino e dos prédios (estrutura em geral) praticamente inexistem. No primeiro semestre desse ano tivemos que amargar a RPC cumprindo o papel do sindicato, denunciando a falta de professores, a violência e a falta de estrutura nas escolas: a direção do sindicato lá: muda e calada!

É por isso que queremos e precisamos de mudança! Mudar de verdade. Não podemos optar pelo marasmo da continuidade dessa direção.

 

Por que Oposição?

 

A Oposição à atual direção da APP- Sindicato surge a partir do Congresso da APP de 2007 Em virtude do descontentamento com as posições que a atual direção vem tomando. A falta de avanço significativo nas lutas, a opção por negociações de gabinete em detrimento das lutas, a falta de independência e atrelamento em relação aos governos, fizeram com a chegada de Lula/PT e Requião/PMDB aos governos do país e do estado, observamos mudanças importantes no movimento sindical em nosso país. As direções sindicais tradicionais, ligadas a CUT se afastaram da base da categoria e se aproximaram do governo. Desde então, expressões “esperar uma proposta” e “possibilidade de negociação” acabaram substituindo as tradicionais consignas da categoria que são: luta, organização e mobilização.

Toda energia e disposição que nossa categoria historicamente demonstrou em suas greves e enfrentamentos com os mais diversos governos está tentando ser apagado da memória dos educadores de nosso Estado. Não ve

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