À exemplo do Paraná, servidores(as) cariocas ocupam Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro

Servidores(as) públicos do Rio de Janeiro protagonizam um protesto contra as medidas de austeridade do governo estadual que pretende reduzir salários e benefícios de trabalhadores da ativa e aposentados. Policiais civis, bombeiros e militares chegaram a ocupar o plenário da Assembleia Legislativa do Estado em  protesto contra  cortes do governo e já ocupam o Palácio Tiradentes desde às 14h de ontem(08).

Instalados(as) no prédio da Assembleia Legislativa do Estado (Alerj), os(as) servidores(as) pedem a retirada da pauta das medidas propostas pelo governo de Luiz Fernando Pezão (PMDB) e que serão votadas pelos(as) deputados(as) estaduais. Os(as) manifestantes pedem ainda  a saída do presidente da Alerj, Jorge Piciani (PMDB), e a libertação de Mesac Efrain, presidente da Associação de Bombeiros Militares de Estado (ABMERJ), condenado a trinta dias de prisão por participar da luta em defesa dos(as) servidores(as) públicos do estado.

No pacote de maldades, anunciado na última sexta-feira (04), estão o  aumento da alíquota previdenciária de 11% para 14% e imposição de uma sobretaxa de 16%, totalizando 30% de desconto de ativos e inativos, que representa redução de vencimentos e proventos. Além disso, está o congelamento de aumentos já concedidos e condicionamento de futuros reajustes à 70% da Receita Líquida e ainda o aumento das tarifas de ônibus de R$ 6,50 para R$ 7,50 e elevação do ICMS para diversos produtos.

Veja abaixo, o vídeo da manifestação:

Déjà vu – A ocupação da ‘Casa do Povo’ contra a tramitação de projetos arbitrários foi destaque há pouco mais de um ano em todo o mundo, quando os(as) servidores(as) públicos do Paraná iniciaram a ocupação do prédio da Assembleia Legislativa por volta das 17h50 do dia 10 a abril de 2015. A ocupação ocorreu logo após a votação da Comissão Geral posicionar-se como favorável a proposta que acabava com direitos adquiridos na carreira de educadores(as) e autorizava o governo a outras medidas impopulares de ajuste fiscal, o chamado Pacotaço de Maldades.

O presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Silva Leão, conta que a categoria estava cansada da falta de respeito com que governo vinha tratando a educação. “Foi um momento histórico, ocupamos a Assembleia Legislativa do Paraná em resposta às humilhações que o governo do Estado vem implementando com o serviço público, mas em especial com a educação do Paraná e saímos vitoriosos(as) deste processo”.

Nas duas situações, a união das categorias e a coragem da militância foram fundamentais para mostrar aos governantes e à sociedades os abusos aos quais os(as) servidores(as) são submetidos por governos autoritários. A APP-Sindicato reforça que toda manifestação pacífica pautada em reivindicações em prol dos direitos dos(as) trabalhadores(as) é legitima e deve ser respeitada.

 

Com informações de: TV TEM e Revista Fórum

 

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