Coletivo de pedagogos(s) da APP-Sindicato define ações para combater sobrecarga de trabalho e assédio da Seed

Mais de 280 pedagogos(as) da rede estadual do Paraná participaram da reunião on-line do Coletivo de Pedagogos(as) convocada pela APP-Sindicato com o objetivo de debater a pauta emergencial do segmento e definir coletivamente estratégias para combater a sobrecarga de trabalho e a política de assédio da Secretaria da Educação (Seed).

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“Foi uma reunião muito positiva, participativa e fundamental para darmos continuidade no trabalho que a APP-Sindicato tem realizado de escuta, diálogo, e organização da categoria para vencermos as políticas deste governo, que têm violado nossos direitos, imposto obrigatoriedade do uso de plataformas, intensificação do trabalho e vigilância excessiva”, avalia a pedagoga e secretária de Assuntos Jurídicos da APP, Marlei Fernandes.

Entre os temas discutidos, estiveram a plataformização do ensino, a intensificação do trabalho, a crescente burocracia e a vigilância constante, especialmente por parte de “tutores e embaixadores” da Secretaria de Estado da Educação (Seed). Além disso, foram abordadas as especificidades da organização do trabalho pedagógico e a necessidade de superar o modelo de trabalho por metas obrigatórias pelo uso de plataformas digitais.

Outras pautas cruciais incluíram a reivindicação da hora-aula de 50 minutos, mais tempo para estudos em horário de trabalho e o retorno a um atendimento pedagógico que não seja pautado em metas obrigatórias. Para enfrentar os desafios apresentados, o coletivo deliberou uma série de encaminhamentos. Confira abaixo os principais pontos.

Pesquisa:  realizar uma pesquisa para levantar dados sobre a sobrecarga de trabalho, através de formulário a ser disponibilizado em breve. O levantamento subsidiará um diagnóstico a ser apresentado à Seed.

Comissão permanente: constituir uma comissão permanente para debater as questões do segmento com a Seed.

Documento: construir um documento detalhado com a referência das atividades e atribuições.

Divulgação: fortalecer a divulgação junto à categoria sobre a existência e a importância do departamento de pedagogos(as).

Substituição: Não realizar substituição na falta de professores(as), pois essa obrigatoriedade não existe e o trabalho em sala de aula depende da organização pedagógica.

Registros: Não realizar registro de conteúdos ou presença de estudantes que não estejam nas escolas.

Notas: Não alterar notas sem autorização de professores(as).

Direito à desconexão: registrar todas as mensagens e tarefas enviadas fora do horário de expediente.

Ocorrências: registrar todos os assédios, imposições e demais informações relevantes.

Documentação: organizar um drive com toda a documentação relativa às atribuições da dos(as) pedagogos(as).

A reunião, realizada na última terça-feira (17),  também foi conduzida pela coordenadora do Coletivo de Pedagogos(as) da APP, Aline Carissimi, que fez repasses sobre a conjuntura e questões específicas do segmento. Os trabalhos contaram ainda com a participação da secretária executiva Educacional, Margleyse dos Santos, e da da presidenta da APP, Walkiria Mazeto.

A orientação da diretoria é para que os(as) profissionais continuem acompanhando o site e as redes sociais da APP-Sindicato para receber novas informações e orientações sobre as próximas atividades.

 

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