Considerada uma atividade inédita no cenário político brasileiro, o Congresso do Povo está mobilizando a classe trabalhadora em todos os cantos do país em torno da ideia de “construir com o povo e para o povo um projeto de nação”. Lançado em dezembro de 2017, durante a 2ª Conferência Nacional da Frente Brasil Popular (FBP), o movimento é uma resposta contras ameaças ao Estado Democrático de Direito, as reformas e retiradas de direitos que atingem os(as) trabalhadores(as) e uma estratégia para organizar a população na busca de garantir sua voz nas decisões políticas.
No Paraná, um curso realizado em Curitiba, no último final de semana, contou a participação de mais de 200 representantes para a criação de comitês municipais. Segundo a secretária de Organização da APP-Sindicato, Tereza Lemos, o evento cumpriu o objetivo de formar multiplicadores(as) que vão ampliar o debate com lideranças locais, sindicatos e movimentos sociais e promover formações regionais. “Se a classe trabalhadora não se unir, corremos risco de viver no regime de escravidão e acabarem com todos os nossos direitos. O Estado está reduzindo o seu tamanho cada vez mais. Não podemos tolerar essa situação”, enfatizou.
No dia 8 de junho, está marcada uma Plenária Estadual com a presença de representantes dos comitês municipais. A atividade será uma preparação para a etapa nacional do Congresso do Povo, prevista para julho deste ano, com a participação de lideranças comunitárias, sindicatos e movimentos sociais de todas as regiões do Brasil. Na lista de debate e enfrentamento estão pontos como a revogação da Reforma Trabalhista e do Ensino Médio e todas as medidas que estão sendo tomadas pelos governos gerando prejuízos para a classe trabalhadora.
A proposta é que o Congresso do Povo Brasileiro possa incidir na disputa eleitoral e, ao mesmo tempo, construir uma agenda de mobilização e de formação da sociedade brasileira. “Nós vamos aprovar um projeto unificado para comprometer todos os candidatos do campo democrático com uma plataforma mínima num projeto amplo e com princípios firmes que tenha no centro o compromisso com a retomada das conquistas democráticas, com um Estado que garanta desenvolvimento, educação pública, ciência e tecnologia”, explicou Nalu Faria, da Marcha Mundial de Mulheres, em entrevista à comunicação da FBP.
Participação
A secretária de Organização da APP orienta os municípios que não enviaram representantes para a formação realizada em Curitiba a entrar em contato com seus núcleos sindicais para receber informações e participar do processo. Ela explica que também existe uma cartilha elaborada pela FPB com material para formação. “Os movimentos populares e sindicatos devem estar empenhados na organização do Congresso do Povo porque é um espaço para debater com a população sobre esse momento crítico que estamos vivendo”, disse.
(Com informações do Brasil de Fato)
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