Se há uma coisa que nós, trabalhadores e trabalhadoras da educação, conhecemos, é a realidade de escolas e comunidades nas quais atuamos. E este conhecimento é essencial na resistência que construímos permanentemente nos nossos locais de trabalho. E prestes a realizar, em Curitiba, uma grande ato no dia 29 de agosto – que marcará os quatro meses transcorridos desde o massacre do dia 29 de abril e, também, o ‘Dia de Luto e de Luta da Educação Pública do Paraná’ –, precisamos mobilizar os(as) colegas, estudantes, pais, mães e responsáveis para nos apoiar e participar.
“Quando o Conselho da APP-Sindicato definiu, no final do mês de julho, uma jornada de luta denominada ‘Escola: território de luta e resistência’, foi com a intenção de deslocarmos o debate, mais uma vez, para dentro das unidades. Retornamos às escolas em respeito à sociedade paranaense que esteve ao nosso lado em todo período da greve e precisamos manter, com as nossas comunidades, o diálogo sobre os desafios que temos enfrentado.”, explica o secretário de Comunicação da entidade, Luiz Fernando Rodrigues.
De acordo com ele, os(as) trabalhadores(as) devem promover mobilizações internas, reunir o Conselho Escolar, para fortalecer a participação de todos(as) na defesa da educação pública. “Precisamos envolver a comunidade nas nossas mobilizações e apresentar a ligação direta entre a dura realidade que vivemos nas escolas e a cruel linha política adotada pelo atual governo do Estado”, destaca o diretor da APP. Para ele, outra frente de atuação é denunciar os problemas vividos nas escolas em outras instâncias, como Ministério Público do Paraná, a OAB do Paraná, a mídia no Estado. “O clamor da nossa luta precisa ser ecoar o máximo possível”, afirma.
O que devemos fazer? A APP pensou em ações que podem ser realizadas paralelas ao trabalho diário nas escolas. São formas de transformar os locais de atuação em frentes de resistência. Leia o que você pode fazer:
– Organizar, em conjunto com os(as) representantes de escola (onde houver), reuniões do Conselho Escolar.
– Denunciar os problemas estruturais, sociais e descumprimentos a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) ao Ministro Público Estadual, seccional do Paraná da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), meio de comunicação e ao próprio sindicato.
– Escrever para os deputados estaduais cobrando uma atuação em defesa da Educação Pública.
– Participar no sábado, dia 29, da assembleia estadual da APP e do ato que marca os quatro meses do massacre no Centro Cívico e o 30 de agosto de 1988.