Dirigentes da APP pedem intervenção da Secretaria da Mulher para acabar com política de assédio e adoecimento da Seed

Dirigentes da APP-Sindicato participaram de uma reunião convocada pelo Conselho Estadual dos Direitos da Mulher com a Secretaria de Estado da Mulher e Igualdade Racial do Paraná para apresentar denúncias sobre os ataques da Seed contra educadores(as), a partir da punição por atestados, e das terceirizações de funcionários(as) de escola, e pedir a intervenção da pasta com objetivo de colocar fim à política de assédio e adoecimento da nas escolas.

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A reunião foi resultado de um pedido apresentado pela APP ao conselho da Mulher, após o recebimento de denúncias sobre as punições que educadores(as) sofrem por receber punições quando apresentam atestado médico para tratar da saúde. Com uma categoria majoritariamente feminina, as punições se tornam abusivas, penalizando estas trabalhadoras por ficar doentes ou cuidar de familiares.

“Essa é uma luta que representa a maior parte da categoria, somos uma classe composta majoritariamente de mulheres e as punições dos atestados afetam mais as mulheres, nós que somos chamadas quando um filho se machuca ou adoece nas escolas, pois em geral nós que acompanhamos nossos pais idosos que precisam de cuidado, precisamos ainda considerar o crescente assédio e adoecimento das(os) educadoras(es) devido as políticas de metas do Estado”, aponta a secretária da Mulher Trabalhadora e dos Direitos LGBTI+ e representante da APP no Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, Taís Adams.

Já a outra pauta apresentada, foi em relação aos(às) trabalhadores(as) terceirizados(as), que desde a aprovação da lei que extinguiu os cargos Agente I e II, sofrem com uma série de problemas como descontos abusivos, salários abaixo do piso estadual e nacional, demissões sumárias, faltas de EPIs e outros.

A secretária de Assuntos Municipais e representante da Central Única dos(as) Trabalhadores(as) (CUT-PR) no conselho da Mulher, Márcia Oliveira, ressaltou ainda que o diálogo com a Semipi é fundamental para ampliar o debate para demais secretarias de estado e garantir apoio a luta pelo fim das terceirizações.

“Foi uma reunião positiva, pois tivemos a oportunidade de falar com a secretaria da mulher sobre uma pauta que é em sua maioria feminina, então tivemos uma resposta positiva no sentido de que a secretária fará uma mediação sobre a pauta de funcionárias terceirizadas, que têm salários diferenciados recebendo abaixo do mínimo nacional. Ela concordou que é uma prática discriminatória e vai fazer a mediação junto à Seed”, completa a dirigente.

A secretária de Estado da Mulher, Leandre Dal Ponte (PSD),  se comprometeu a dialogar com o secretário da Educação, Roni Miranda, para que seja revista a política de punições por apresentação de atestados e indicou que o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher deve entrar com um pedido de de análise dos contratos e pressionar para que as empresas cumpram as cláusulas do documento, além de investigar irregularidades de contratações.  A reunião foi realizada na tarde desta segunda-feira (16).

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