Nota de falecimento e homenagem ao padre e professor Ângelo Banki

Com profundo pesar, a APP-Sindicato comunica o falecimento do padre e professor Ângelo Banki, de Paiçandu, aos 89 anos de idade. O professor Banki estava internado na Santa Casa de Maringá por causa de complicações nos rins e o quadro se agravou por causa de uma pneumonia.Ele foi vítima de uma parada cardíaca e a morte foi registrada às 8h30 deste sábado, 13 de maio, dia de Nossa Senhora de Fátima. O velório aconteceu na igreja matriz Santo Cura d’Ars em Paiçandu, e o sepultamento aconteceu no domingo (15).

Nascido no dia 12 de julho de 1927 em Santa Cruz do Rio Pardo (SP), Cônego Ângelo Banki é o sétimo de dez irmãos. Seus pais, Júlio e Sofia Banki, deixaram Hiroshima e desembarcaram no Brasil em 1914, seis anos após os primeiros imigrantes nipônicos chegarem ao país. A situação era crítica, tanto que a família chegou a passar fome; mas o sonho dos imigrantes era ganhar dinheiro rápido e voltar para sua terra. Logo a família se converteu ao catolicismo.

Aos 10 anos, quando o pai lhe perguntou se não queria ser padre, o menino Ângelo não teve dúvidas: ingressou no Seminário São Francisco Xavier, no Ipiranga, em São Paulo. Na adolescência estudou no Rio de Janeiro e mais tarde ganhou uma bolsa de estudos dos padres jesuítas para cursar Teologia no Japão.

Ordenado em 18 de março de 1959, na Catedral São Francisco Xavier em Tóquio, no Japão, Pe. Ângelo chegou à Arquidiocese de Maringá em 1974. Nesse período os pais já haviam deixado São Paulo e vindo plantar café em Maringá, como muitos dos imigrantes japoneses que estavam no Brasil.

A cidade ainda estava em processo de desenvolvimento, e segundo Pe. Ângelo, havia muito mato. O ano era 1974, precisamente 27 de janeiro. Havia muito trabalho a fazer, pois ele seria responsável por fundar a comunidade católica de Paiçandu.

Junto com a cidade o sacerdote foi criando raízes: presenciou momentos importantes, viu muita coisa acontecer, como a criação de paróquias, capelas, e escolas. Atuou durante anos como professor de Inglês, Geografia e História. Bastava algum aluno gritar “Corinthians”, que o padre/professor caia na gargalhada e respondia: “Banzai, Banzai”, que quer dizer ‘Viva” em japonês.

Padre Banki foi, durante muitos anos, professor no Colégio Estadual Princesa Izabel, em Paiçandu. Filiado à APP-Sindicato desde o início de sua carreira como professor, Banki levou seus ensinamentos a milhares de jovens e adultos da Região de Maringá.

 

Editado de: Revista Maringá Missão

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