Educadores e educadoras estiveram, na manhã desta quarta-feira (15), na Praça Santos Andrade para a concentração do Dia Nacional de Luta contra o PL 4330. A categoria uniu-se a vários outros segmentos de trabalhadores(as) para, juntos(as), mostrarem sua contrariedade à tramitação do projeto de lei que instaura a contratação indiscriminada de trabalhadores(as) por meio de contratos terceirizados.
A APP-Sindicato, movimentos sociais e entidades de representação de classe, representados pela CUT, são contrários à aprovação do projeto porque ele retira direitos e abre precedentes para a precarização do trabalho no Brasil. Como, historicamente, os(as) trabalhadores(as) terceirizados recebem menos, o temor das demissões em massa é eminente, casa o PL vire lei.
No Brasil, de acordo com o Departamento Intersindical de Estudos Socieconômicos (Dieese) 27% dos(as) trabalhadores(as) são terceirizados. O presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas, destaca que hoje em dia, os terceirizados trabalham em média três horas a mais por semana e ganham em média 24% menos e, geralmente, não recebem equipamento ou uniformes adequados.
Para o presidente da APP, professor Hermes da Silva Leão, a luta é contra o neoliberalismo.”Esse é um projeto danoso para todas as categorias, pois amplia a possibilidade de precarização do trabalho ao terceirizar as atividades meio”, argumenta o presidente ao comentar sobre como o serviço público pode ser afetado com a medida. “Professores e funcionários poderiam ser terceirizados. O que acabaria com a possibilidade de carreira, de concurso público e de valorização”, avalia.
A APP segue firme no acompanhamento do projeto, que tramita em votação na Câmara Federal. O objetivo é não deixar que o texto chegue ao Senado, para votação final. Por isso, a entidade integra mobilizações e trabalha com apelo tanto à comunidade quanto a bancada de deputados e deputadas do Paraná que representam o Estado na Casa.
Veja abaixo a avaliação do presidente da APP sobre o Dia Nacional de Lutas
Com informações: CUT
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