Plebiscito popular pede o fim da escala 6×1 e a tributação dos(as) super-ricos(as)

Mais de 100 organizações, movimentos sociais, centrais sindicais e sindicatos, incluindo a APP-Sindicato, apoiam o Plebiscito Popular 2025 organizado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo sobre a redução de jornada de trabalho sem a redução de salário, o fim da escala 6×1 e a justiça tributária, com a isenção de imposto de renda para quem tem salário de até R$ 5 mil e cobrança de impostos para os(as) super-ricos(as) que ganham acima de R$ 50 mil.

:: Receba notícias da APP pelo Whatsapp ou Telegram

“A redução da jornada de trabalho sem redução da remuneração é uma bandeira histórica da CUT Brasil e a APP, enquanto sindicato filiado, faz parte disso. Na nossa categoria temos visto um grande adoecimento pela sobrecarga de trabalho, pela pressão e assédio e por isso a luta pela redução da carga horária é uma pauta fundamental nossa”, explica a secretária da Mulher Trabalhadora e dos Direitos LGBTI+ da APP e secretária executiva estadual na organização estadual do plebiscito, Taís Adams.

Legenda: Taís Adams e a dirigente Janeslei Albuquerque, da CUT Nacional, durante assembleia da APP-Sindicato – Foto: Altvista / APP-Sindicato

De acordo com a dirigente, a votação ocorrerá a partir de julho, com diversos pontos de coleta espalhados no estado e o plebiscito vai se estruturar em três fases: a construção organizativa nos territórios (bairros, escolas, local de trabalho); a coleta de votos da população; e a entrega dos resultados em Brasília às lideranças dos Três Poderes.

No Paraná, o Plebiscito Popular 2025 foi lançado oficialmente no dia 8 de junho. A atividade reuniu movimentos sociais, sindicatos e a sociedade civil organizada no centro histórico de Curitiba. Antes do lançamento oficial, o plebiscito foi apresentado na assembleia estadual da APP, realizada no dia 7 de junho, onde Taís Adams apresentou toda a pauta e convocou os(as) educadores(as) a participar da ação.

O plebiscito popular de 2025 se inspirou na experiência de 2002, com a consulta popular sobre a ALCA, que contou com 10 milhões de votos. Dispositivo constitucional, regulamentado pela Lei 9.709/98, os plebiscitos populares são consultas formuladas ao povo para que delibere sobre matéria de acentuada relevância, de natureza constitucional, legislativa ou administrativa. 

Até hoje, o Brasil realizou seis plebiscitos sobre os mais diversos temas, que vão do pagamento da dívida externa à venda de empresas estatais.

POR